Olá! Caros Trepassadores de Trevos de Trens Trevisan das Trevas! Estou aqui novamente para postar mais uma de minhas rotinas insanas, meus caros Bulcentauros. Pra quem não é do Rio de Janeiro, não sabe que esse meio de transporte é sucateado pra caralheou, o que é um fato. Mas é ainda um meio de transporte com um potencial impressionante; pois você pode ir a qualquer lugar do Rio de Janeiro (cidade) numa de velocidade. Afinal, trem engarrafado só quando um descarrilha.
Ai sempre tem alguém que reclama da superlotação. Lógico que vai ter superlotação em horário que todo mundo resolve sair e você quer ir confortável? Meu caro Bismuto, vá se ferrar, e sempre tem um pseudo-esquerdista que reclama de tudo, que a supervia não tem respeito pelos passageiros, e blá-blá-blá-puta-que-pariu-só-na-minha-bunda. Só quem precisa pega trem, não quer? Vá comprar a porra de um carro.
Quer ir em trem vazio? Vá às dez horas da manhã! Mas eu tenho que estar no trabalho as nove! Então meu caro, vá-se-fuder! Andar de trem é uma arte, você tem que ter um mp4 potente quanto um show do System of a Down numa quitinete, porque sempre tem um cretino que comprou um celular que toca música e não usa\comprou o fone de ouvido. Que sempre toca no máximo três músicas em loop, e que você não suporta.
Como aconteceu uma vez, um moleque do colégio publico com o celular que custa mais do que tem tudo que eu tenho na mochila. O cretinho no banco tocando Belo apenas uma música em loop, e eu do lado dele e em pé, em um volume absurdo. Daí, eu perguntei curioso:
(Demiris) - Vem cá. Quanto foi esse celular?
(Cretininho) – Foi duzentos reais! *todo orgulhoso pelo status*
(Demiris) – Quer ver um aparelho de celular de duzentos reais tocando musica voar pela janela?
Não é que o cretinho desligou o celular!? Ai a mãe da Sra. Ikarus fica morrendo de medo que aconteça algo comigo, mas se o cara estivesse carregando uma arma, ele não estaria em um trem lotado onde ele não conseguiria nem mover uma arma. Estaria no máximo em um ônibus.
Como a nova política da Supervia de não permitir mais a porta do trem aberta, por causa dos acidentes recentes com um trem que eu havia perdido para voltar para casa e peguei o próximo, quando eu vi o trem que eu havia perdido tinha descarrilhado e o teto parecia uma tampa de lata de sardinha coqueiro que não tem abre-fácil.
Deve ser de tanto encarar processo, mas sempre tem um babaca que quer os ventos nos cabelos, o que eu não entendo, pois geralmente esse cretinho está de boné e tem cabelo cortado NO MÁXIMO na máquina 3, com o clássico cabelo de “sou de facção criminosa”.
E eu nem me importo de estar prensado entre pessoas ouvindo meu podcast desde que o trem esteja em movimento. Se eu soubesse, teria ficado do lado de fora. E enquanto ele vê a paisagem vem a do trem, vem a mensagem divina do maquinista “O trem não dará partida com as portas fechadas”, e começa o festival dos pseudos – defensores dos direitos humanos reclamando que aquilo era um desrepeito, e blá-blá-blá-puta-que-pariu-só-na-minha-bunda. Mas isso é só da boca pra fora.
E eu que estava atrasado como sempre, tinha que fazer integração para pegar outro trem. E eu perto do infeliz e a bateria do MP4 acabando e a Dona Jenova (Mãe do Demiris Ikarus), falando que eu era inútil. Estava de ótimo humor, estava alegre com a vida e pensando que se eu falar com educação ele iria me atender. Ledo engano.
Eu com toda gentileza me segurando nas barras de segurança e empurrado as pessoas atrás de mim e chutei, com os dois pés, o gentil rapaz voou do trem de volta para a estação e a porta fechou. Alguns falaram “Que cara grosso”, outros “que cara violento”, mas acho que a maioria dos homens falou “Se ele não tivesse feito, eu teria feito”.
Isso é tão terapêutico que repeti isso mais cinco vezes, só parei quando vi um dos guardas perguntando se viram um cara que andava chutando as pessoas para fora dos trens. Por mais que fosse divertido, melhor eu parar com isso, mas tinha quer haver um ultimo causo antes de abandonar a minha “era da escrotidão” de vez.
Ir sentado no trem desde o começo ao fim, é quase como você fosse um escolhido de deus. E todo mundo quer ser, então é uma corrida foda, e lógico eu queria ir sentado. Por causa da dessa febre, tomei uma cotovelada na boca e fiquei meio zonzo e vi lá o banco me esperando, mas de repente alguém tacou uma bolsa no meu banco.
Eu mal tenho respeito pelas pessoas, o que dirá sob, objetos inanimados. Peguei a bolsa, deixei no meu colo e esperei a dona. Me passou a idéia de sair com a bolsa e pegar o que eu queria e vender\doar o resto, porque sinceramente, eu não abandono minha mochila por nada, a não ser em lugares próprios onde eu pego um cartãozinho, mas não! Eu tive que ficar com a bolsa no meu colo esperando a dona.
Admito que era uma mulher linda, mas ainda assim, sou mais a Sra. Ikarus e meu cavalherismo estava menor que meu cansado. E a mulher chega uma puta-loca, e ficou putaça quando me viu e começou o papo do insano com a puta-loca:
(Mulher) – Você não pode fazer isso, esse lugar era meu!
(Demiris) – Mas eu cheguei primeiro, isso aqui é um trem, não uma democracia! Só respeitaria esse lugar se você estivesse aqui.
(Mulher) – Mas é a minha bolsa, me dá ela agora!
(Demiris) – Me dê a minha bolsa, POR FAVOR!
(Mulher) – Me dá a minha bolsa AGORA!
Pra que! Eu com os meus surtos psicóticos, dando as piscadelas de assassino serial killer. Taquei a bolsa para fora da janela pelo mesmo jeito que ela havia entrado. A mulher começou a me xingar e eu disse:
(Demiris) - Vai ficar me xingando ou vai pegar a bolsa? O trem já vai sair.
Lógico que ela preferiu a bolsa, fiquei novamente sendo chamado de escroto, só uma velhinha me apoiou dizendo que ela estava errado. E a Sra. Ikarus também disse que foi bem-feito.
E conto as outras histórias um outro dia!
Demiris Ikarus
(Loucura?! Isso é SPARTAAAA)
Nem te conto quanto perdi o humor viajando de trem, mas depois passa...
ResponderExcluirTranspote público sempre me surpreendem; como a sociedade pode permanecer com tanta gente escrota?! pessoas que deveriam estar surdas continuam ouvindo músicas ruins e compartilhando, sem contar todo o senso d física (qntos corpos ocupam o mesmo espaço?!). Sampa não é diferente, mas tenho que assumir que nunca reclamo por medo =x
ResponderExcluirNão da pra ter tudo sempre... Ou temos conforto ou rapidez, os dois num transporte público tá difícil u.u'
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